AMB firma termo de cooperação técnica com CNJ para desenvolver pesquisa sobre lavagem de dinheiro em crimes ambientais

AMB firma termo de cooperação técnica com CNJ para desenvolver pesquisa sobre lavagem de dinheiro em crimes ambientais

”Com essa parceria nós teremos os elementos para planejar essa governança para o futuro”, disse Renata Gil


Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) assinou um termo de cooperação técnica com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a criação de ações conjuntas de desenvolvimento de pesquisas científicas sobre lavagem de dinheiro e crimes ambientais. O acordo visa a expansão do conhecimento voltado à proteção ao meio ambiente e ao aprimoramento da atuação dos membros do Poder Judiciário. A Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ) também faz parte da parceria. A partir do acordo, será publicada a pesquisa “A atuação jurisdicional nos crimes relacionados ao meio ambiente”.

O termo foi assinado nesta terça-feira (30), na sede do CNJ, pela presidente da AMB, Renata Gil, pelo presidente do Conselho, ministro Luiz Fux, pelo secretário-geral da ABJ, Júlio Adolfo Zucon Trecenti e pelo diretor financeiro da ABJ, Igor Pretel.

De acordo com Renata Gil, a pesquisa que será realizada pelas entidades permitirá o cruzamento de dados entre os crimes ambientais e a lavagem de dinheiro, promovendo a governança judicial e ambiental. “Com essa parceria nós teremos os elementos para planejar essa governança para o futuro e, desta forma, fomentar outra bandeira da gestão do ministro Luiz Fux, que é a defesa dos nossos fundamentais direitos humanos”, disse.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Luiz Fux, afirmou que a assinatura do acordo concretiza o compromisso assumido por ele na presidência da Suprema Corte e do Conselho de proteção ao meio ambiente. “A promessa constitucional de que o meio ambiente é um valor inestimável, inegociável e é um direito de todos e dever de toda sociedade está sendo cumprido através deste pacto”, disse. “Eu tenho absoluta certeza de que, juntamente com a AMB e o empenho da doutora Renata Gil e a ABJ, nós conseguiremos prometer aquilo que faz o ideário da nossa nação: que é a defesa intransigente do nosso meio-ambiente”, concluiu o ministro.

Já o secretário-geral da ABJ, Júlio Zucon Trecenti, destacou a importância da disponibilização dos dados pelo CNJ. “A nossa prerrogativa é fazer pesquisas para fomentar políticas públicas. Vamos conseguir fazer isso de forma eficiente com a ajuda de todos, construindo uma Justiça melhor”.

Acordo disponibilizará dados do Poder Judiciário

Com o acordo, o Centro de Pesquisas Judiciais da AMB (CPJ), ficará responsável pela coordenação da pesquisa, englobando e sistematizando os resultados quantitativos e qualitativos. Já o CNJ viabilizará o acesso à Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (DataJud), além de realizar as entrevistas necessárias para a elaboração do relatório. A ABJ vai analisar os dados quantitativos obtidos pelos pesquisadores com base em instrumentos de análise de dados e de jurimetria.

Membros da diretoria da AMB e presidentes das associações estaduais prestigiaram a assinatura do termo no plenário do CNJ.