CPJ realizará primeira pesquisa da AMB sobre participação feminina na magistratura

CPJ realizará primeira pesquisa da AMB sobre participação feminina na magistratura

Levantamento irá dimensionar atividade das mulheres nos quadros dos tribunais brasileiros

Em busca de conhecer o espaço ocupado pelas mulheres na magistratura e realizar uma prospecção da carreira, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) realizará uma pesquisa sobre a participação feminina no Judiciário. O estudo foi proposto pela AMB Mulheres e será feito em parceria com a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e o Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ) da AMB.

Ao comentar a iniciativa, a presidente da AMB, Renata Gil, reforçou o compromisso de entender o cenário atual para ampliar a participação feminina nos cargos do Judiciário e democratizar os espaços de Poder. “Este será o primeiro estudo realizado pela AMB sobre a dimensão da participação feminina no Judiciário. O trabalho irá indicar providências a serem tomadas, com políticas concretas que aumentem a participação feminina a curto, médio e longo prazo na magistratura”, esclareceu.

A AMB Mulheres vem se reunindo semanalmente para decidir o espaço amostral do estudo. O enfrentamento do tema pelos órgãos que buscam aperfeiçoar o trabalho do sistema Judiciário brasileiro é recente. Em setembro de 2018, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução nº 255 que institui a Política Nacional de Incentivo à Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário.

Para o membro do CPJ, Cássio Borges, o projeto está adequado aos fins que se propõe o órgão, que pretende investigar as razões da não observância da igualdade de gênero nos tribunais brasileiros e propõe traçar estratégias para ações afirmativas em ampliar a participação feminina na composição desses tribunais.

“Nesse sentido, entendo que a maior entidade representativa de magistrados do Brasil deve ter dados relativos à participação feminina nos quadros da magistratura e nos tribunais do País, de forma sistematizada, conforme se propõe na pesquisa; além das já mencionadas estratégias inclusivas destinadas às magistradas brasileiras”, afirmou.

 

Mahila Lara

Assessoria de Comunicação da AMB